Ao escrever sua própria história na Rede de Educação SSpS Brasil, cada educador também contribui para o crescimento da escola. Nesse processo, ainda aprende a colocar em prática a filosofia missionária, legado de Santo Arnaldo Janssen e das Bem-aventuradas Madre Maria e Madre Josefa. Por isso, para o Dia do Professor deste ano, compartilhamos as lembranças de Vera Gladis Kieling Martins, 80 anos, que dedicou décadas de sua vida como professora e coordenadora pedagógica no Colégio Espírito Santo (CES), em Canoas-RS.
O início da vida profissional de Vera na educação foi em 1963, tendo um personagem em comum com a fundação do CES. “Quem me chamou para trabalhar foi o padre Engelberto Hartmann, o primeiro vigário da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Ele me indicou para a irmã Mariegídia, que foi lá em casa me buscar. Foi ele quem também trouxe as irmãs missionárias servas do Espírito Santo para iniciar a escola” (em 1959), recorda.
O início da vida profissional de Vera na educação foi em 1963, tendo um personagem em comum com a fundação do CES. “Quem me chamou para trabalhar foi o padre Engelberto Hartmann, o primeiro vigário da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Ele me indicou para a irmã Mariegídia, que foi lá em casa me buscar. Foi ele quem também trouxe as irmãs missionárias servas do Espírito Santo para iniciar a escola” (em 1959), recorda.
Relações de afeto e respeito
De seu tempo em sala de aula, Vera conta que o convívio era afetuoso com os estudantes e que esse carinho segue até hoje: “Eu encontro alunos no Brasil inteiro. Aonde quer que eu vá, aparece alguém perguntando assim: ‘Lembra de mim?’. E respondo, com sinceridade, que não lembro, porque eu conhecia pequenininho e agora estão grandes”.
Além do afeto, o respeito era outra condição de Vera no desempenho de sua profissão, ao interagir com os estudantes e as famílias. “Na minha época, não tinha essa história de ‘sora’, ‘profe’ e, muito menos, ‘tia’. Até hoje, eu sempre digo: é professora, professor. O respeito começa pelo tratamento”, afirma.
Depois, Vera seguiu como coordenadora pedagógica até se aposentar, em 1986, somando muitas amizades. “Eu tive diretoras e superioras maravilhosas, além de irmãs e de colegas professores e professoras que trabalharam comigo em tanta coisa boa. Éramos um grupo muito bom e uma ótima escola”, fala, emocionada.
Festas que ficam na memória
Para Vera, os eventos sociais da escola são memórias alegres que não se desfazem no tempo. “As festas juninas e as comemorações natalinas eram muito bonitas. A gente passava a semana enfeitando tudo. Quando terminava, meu marido e outros homens ajudavam a limpar e tiravam a decoração rapidinho, para jogar futebol. Então, as festas eram sempre um motivo para estarmos mais tempo juntos na escola”, relembra.
Ela também conta que a chegada de alguma irmã, que vinha a Canoas para visitar a escola, era uma oportunidade para reunir a equipe do colégio e fazer um churrasco ou galinhada, recebendo com alegria e hospitalidade.
Outra grande festividade que Vera destaca foi o aniversário de 25 anos do CES. “A gente preparou tudo, com exposição de fotos antigas e trabalhos. Nós éramos uma escolinha de madeira, do outro lado da rua. Bem diferente da potência que o colégio é hoje”, compara. Em 2024, o CES completou 65 anos, com três prédios para atender do berçário ao ensino médio, além do complexo esportivo e cultural em fase final de construção.
Liderança que segue ativa
Embora tenha se aposentado em 1986, as características próprias de uma professora se mantêm ativas em Vera: liderança, determinação, criatividade, carinho e empatia. “Depois que saí do colégio, trabalhei e coordenei a catequese durante 30 anos e hoje estou com meu Grupo de Apoio aqui na Paróquia Nossa Senhora das Graças. Todas as terças-feiras, a gente reúne 20 pessoas para fazer crochê, tricô e artesanato em geral. Tentamos ajudar a quem precisa, especialmente com doações de leite”, explica sobre o seu trabalho voluntário.
Reprodução do Blog SSpS Brasil: Ser professora é para a vida toda – Missionárias SSpS Brasil